/ 27.1.09


Efeito Borboleta

O filme a seguir é de 1944 e possui aprox. 10 minutos de duração.

Pode parecer pouco para uma pelicula que impactou fortemente a musica brasileira (de qualidade) que ouvimos hoje.

Se ANDRE MIDANI não tivesse ido ao cinema e se emocionado ao ver Jammin' the Blues, talvez não tivesse deixado sua carreira de confeiteiro, e vindo morar aqui, onde contribuiu - como executivo da finada indústria fonográfica e entusiasta - para o surgimento e consolidação da bossa nova, tropicalismo, rock nacional, etc.





(trecho a seguir retirado do endereço http://franciscobezerra.wordpress.com/tag/andre-midani/)

...com vinte anos de idade e sem nenhuma perspectiva de fugir do destino que a mãe lhe impingira, André Midani foi aproveitar sua folga de segunda-feira indo assistir um filme, num cinema da Avenue de l’Ópera. A sessão tinha como abertura um curta-metragem de música, a paixão de Midani. O curta chamava-se Jammin’ the blues. E mostrava uma jam session de blues, com proeminentes músicos do cenário americano. Durante os dez minutos da apresentação, Midani permaneceu grudado na poltrona. Totalmente enfeitiçado. Tornou ir outras vezes à sessão. Chorava em todas elas.

Na segunda-feira seguinte, incentivado pelo filme, Midani resolveu pedir demissão da confeitaria e procurar um emprego numa loja de discos qualquer de Paris. O resto é história. Veio parar por acaso no Brasil e se tornou um dos produtores musicais de maior relevância do país.

Anos depois, após ter incentivado Roberto Civita a utilizar a concessão de TV fechada que conseguira para importar a MTV americana para o Brasil, agradou bastante os produtores da MTV americana que, gratos, perguntaram-lhe o que gostaria de ganhar. Midani recordou imediatamente de Jammin’ the blues e perguntou se não tinham como conseguir uma cópia. Nenhum dos roqueiros da MTV o conhecia. Porém, dois anos depois, recebeu uma carta de Vinnie, diretor artístico da MTV americana, convidando-o para um almoço em Nova York, com passagens de ida e volta na primeira classe. Dois dias depois volta para o Brasil com uma cópia de Jammin’ the blues que Vinnie conseguiu no acervo da Universidade do Estado de Maryland. Ao rever o filme, após tantos anos, percebeu claramente que tinha valido a pena deixar sua vida nas mãos de uma ”filmagem maravilhosa”.

Não por acaso, a película de Jammin’ the blues foi selecionada pela Biblioteca do Congresso americano para preservação no registro nacional, como uma obra “cultural, histórica ou esteticamente significante”.

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postado por Léo Hazan às
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